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BIOGRAFIA

Um dos mais respeitados advogados previdenciários de Maringá agora também subindo no palco artístico com um variado repertório de talento.

Mineiro de Caratinga, o advogado Ary Lucio Fontes, um dos nomes mais respeitados da cidade em Direito Previdenciário, chegou a Maringá depois de passar, com a família por Assis Chateaubriand, onde, juntamente com o pai, José Miranda Fontes e a mãe, Maria da Glória Fontes e muitos irmãos – dos quais o menino Ary era o do meio – viveu sua adolescência e juventude naquela cidade do oeste paranaense. Fontes tem os filhos Adriana, hoje morando em Ponta Grossa, onde é funcionária pública estadual, Andrey e Anderson, que moram em Maringá e são proprietários da Imobiliária Teto Imóveis.

Formado pela Universidade Estadual de Londrina e com 27 anos de profissão, Fontes se considera plenamente realizado profissionalmente. “Quando comecei, havia muita dificuldade de enfrentar o INSS [Instituto Nacional do Seguro Social]”, pois, tudo dependia de Curitiba, que era a sede da Justiça Federal, observando que, hoje, a área previdenciária corresponde a 90% das causas que chegam ao seu escritório. Mesmo sendo obrigado a litigar por anos na maioria dos casos previdenciários até chegar a uma decisão final da justiça, a imensa maioria delas favorável aos seus clientes, ele diz considerar gratificante “ajudar pessoas que estavam prestes a abrir mão de seus direitos por não terem condições de enfrentar o sistema”.

“A morosidade da justiça incomoda a todos nós, mas as vitórias obtidas fazem valer todo o trabalho e esforço empenhados”, destaca Fontes. O advogado, que tem amplo e bem decorado escritório num edifício no Centro e uma equipe bem treinada, observa que tudo o que tem na vida deve ao Direito. “Principalmente o meu nome”, destaca.

O caso de maior repercussão entre os muitos casos importantes advogados por Fontes, foi quando ganhou uma causa contra a Previdência, defendida pessoalmente, com sustentação oral no Superior Tribunal de Justiça. O ministro que decidiria a questão em favor do INSS chegou atrasado e os votos do colegiado acabaram dando causa ganha aos clientes de Fontes. A causa tinha um valor econômico e social de elevada monta, pois tratava-se de uma ação revisional de aposentadorias para 71 pessoas.

O fato de um advogado do interior do Paraná ter conseguido tamanho feito em última instância e no último recurso possível só fez com que ele abraçasse com vigor ainda maior as causas que defendia. “É preciso acreditar até o último momento, mesmo que todos os fatores apontem para um resultado negativo”, diz Fontes, lembrando que o que faz a diferença entre um advogado e outro é a dedicação que o profissional dispensa a cada processo.

Declamador, Fontes fez sucesso no Calil

Terra natal de Ary Lucio Fontes, Caratinga (MG) é berço de artistas de destaque nacional, como o cartunista e artista gráfico Ziraldo e o cantor Agnaldo Timóteo. Fontes tem, também, seu lado artístico, mas que só veio a despontar em tempos mais recentes. Seu amor pela poesia, principalmente aquela que cala fundo na alma popular, desenvolvido em leituras desde a infância, somado ao dom da oratória, quesito indispensável dos grandes tribunos e que foi sendo lapidado nos debates e embates dos tribunais, fez do advogado um declamador de proa. Sua estréia, no palco da OAB, em 18 de agosto do ano de 2011, foi uma grata surpresa até para os amigos. No dia 2 de março de 2012, doutor Ary Lucio, como é mais conhecido, repetiu a récita, ampliada com mais poemas, no palco do Teatro Municipal Calil Haddad, como segunda parte de um show com músicos do Paraná.

Fontes interpretou letras de clássicos do cancioneiro brasileiro, com destaque para temas de coloração sertaneja, dizendo, com alma e intensidade, versos de João Pacífico a Catulo da Paixão Cearense. O ingresso foi um 1 kg de alimento não perecível, e o sucesso foi total, com cerca de 700 pessoas acompanhando cada palavra dita por Fontes, que pretende repetir o show brevemente.

Ary Lucio Fontes se sentiu ofendido diante da decisão de juiz maringaense; OAB desagravou o profissional na frente do prédio da Justiça Federal no dia 13/12/2012

A ordem dos Advogados do Brasil, do Paraná, realizou ontem um ato de desagravo ao advogado maringaense, Ary Lucio Fontes. A solenidade aconteceu na frente do prédio da Justiça Federal do município com a presença de dezenas de advogados.

O desagravo público é medida que pode ser efetivada pelo Conselho Seccional em favor de advogado que tenha sido “ofendido no exercício de sua profissão ou em razão dela”. Neste caso, Ary se sentiu desqualificado mediante uma decisão tomada pelo juiz da 1ª Vara Federal de Maringá, José Jácomo Gimenes, em 2010.

“Prefiro não entrar em detalhes dos motivos que fui ofendido, porque não vejo a acusação do juiz como algo sério, apenas como uma calúnia. Na época eu entrei com uma ação para reparar o erro e também de todo constrangimento que passei diante dos meus amigos e familiares e da mídia. Fui absolvido e agora a OAB está aqui para mostrar à toda sociedade que fui injustamente julgado”, disse Ary.
Quem leu a nota de desagravo publico foi Casio Telles de Prerrogativas da OAB do. Paraná. Ele veio de Curitiba para cumprir o papel da Ordem e também se solidarizar com o companheiro de trabalho.

“Nós estudamos o caso e entendemos que ele foi injustiçado. Dessa forma, a cúpula da OAB vem até Maringá para mostrar que não só ele, mas todos os envolvidos nesse caso estão completamente absolvidos de qualquer culpa. Por isso um ato público, para que todos interessados possam ver e ouvir sobre a conduta do advogado em questão, senhor. Ary Lucio Fontes”, concluiu Telles.

No documento a OAB deixa claro que repele “qualquer tentativa de autoridade que implique em tratamento incompatível à dignidade da advocacia e que viole o dever de urbanidade, respeito e consideração recíprocos exigíveis, e os direitos assegurados ao advogado”.

“Esperei confiantemente pelo Senhor; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro”, citou um salmo da bíblia, Ary Fontes, ao terminar seu discurso emocionado na frente da Justiça Federal de Maringá.

Fonte: Jornal do Povo